Ozzy defende eutanásia: "Se tiver um derrame e ficar paralisado, não quero estar aqui"

04 de julho de 2014, 10h35, por Amanda Ramalho
Divulgação

Em entrevista ao tabloide britânico "The Mirror", da última quinta-feira, dia 3, o roqueiro do Black Sabbath, Ozzy Osbourne falou a respeito de um assunto bem delicado e polêmico: a eutanásia.

O vocalista falou a respeito do pacto de suicídio que mantém com a mulher, Sharon Osbourne, revelado em 2007 na biografia "Sharon Osbourne Survivor: My Story - the Next Chapter".

O acordo é de que se algum deles tiver uma doença neurológica ou em condição inválida, dependendo de aparelhos para sobreviver, a clínica de suicídio assistido Dignitas, na Suíça - que permite a prática poderá ser acionada.

"Se eu não puder viver minha vida do jeito que eu estou vivendo agora - não quero dizer financeiramente -, então irei para a Suíça. Se eu não puder me levantar e ir ao banheiro sozinho, e tiver tubos na minha bunda e um edema na minha garganta, então pedirei para Sharon desligar a máquina. Se eu tiver um derrame e ficar paralisado, não quero estar aqui".

O casal combinou isso depois que Ozzy sofreu um acidente de quadriciclo, em 2003. Na época ele fraturou oito costelas e quase perdeu parte dos movimentos. Em 2007, Sharon admitiu que a morte do pai, o empresário Dan Arden, que sofria de Mal de Alzheimer, também teve forte influência nessa decisão.

"Nós acreditamos 100% na eutanásia. Eu vi meu pai se deteriorar em uma velocidade tão rápida que ele se tornou uma casca dele mesmo, babando, usando fraldas e amarrado a uma cadeira de rodas porque ele não se lembrava que não podia mais andar", contou Sharon na época.

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