Estalar os dedos causa danos às articulações? Descubra!

19 de abril de 2015, 17h24, por Marayná Freitas
Divulgação

Você já ouviu falar que ao estalar os dedos eles ficam mais grossos? Isso é mentira. Pode estalar os dedos sossegado!

Pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, descobriram que ao estalar os dedos, você não estará causando dano nenhum às articulações. O som do estalar de dedos pode até indicar uma boa saúde das juntas.

Para essa descoberta, os estudiosos passaram os dedos de um voluntário em uma máquina de ressonância magnética, que mostrou que a criação de uma "bolha" na substância que lubrifica as articulações causa o barulho, mas não o atrito entre os ossos.

"É como a criação de um vácuo", explica Greg Kawchuk, professor do departamento de fisioterapia da Universidade e líder do estudo. "Uma vez que as superfícies das articulações se separam rapidamente, não há mais fluido disponível para preencher o volume crescente do conjunto, uma cavidade é criada, e esse evento é o que está associado ao som."

Gás do fluido sinovial provoca o barulho das juntas

Já para saber como as juntas estalam, os cientistas inseriram um dedo de cada vez a um tubo conectado em um cabo, e o puxaram até estalar. "Ao fazer isso, foi possível ver claramente o que realmente acontece dentro das juntas", contou Kawchuk.

As ressonâncias mostraram que a separação das articulações causou a rápida criação de uma cavidade de gás dentro do fluido sinovial - uma substancia que lubrifica as juntas. É a criação desse espaço vazio que provoca o barulho.

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, estalar os dedos não faz mal. "As pessoas não gostam do barulho do dedo sendo estalado porque acham que há algum dano sendo feito", disse Richard Thompson, outro cientista envolvido na pesquisa.

"Por que podemos estalar algumas articulações e outras não? Ainda está em aberto a questão se a habilidade de estalar os dedos pode estar relacionada à saúde das juntas e a incapacidade de fazer isso pode ser um sinal de problemas", comenta Kawchuck.

Fonte: VEJA

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