Pensei que fosse um galope,um sonho de á trote
 acariciando detoda
 esta milonga sem rima que enrrodilha nas clinas
 rejeita tudo que dobra
 podia ser de a cavalo este entono de galo este manejo
 de freio
 esse olhar de posseiro amadrinhado dos tentos
 estima o suor que lhe sobra
 pensei que fossemos cúmplisses,múltiplos meigos mansos,
 soltos vagos
 Cabeça de gado potro e rodeio na leva dos arremates
 Pensei que fossemos caça,várzea,rio cheio campo
 quebranto
 Blanco,chimango peão e chibeiro,no aparte do buenas
 tardes
 
 (Ai milonga,milonga buena
 Ai milonga,milonga buena)
 Podia haver mais um catre,uma rodada de mate uma
 noitada,um afeto
 Um bem-me-quer descoberto uma qualquer novidade alheia
 a nossa vontade
 Podia haver mais que terra,pouca miséria junta
 carreta
 Soga ,soiteira canga e arado,benfeitoria e machado
 pensei que fôssemos bando,nômades músicos mouros e 
 manos
 Fulanos,sicranos sábios paisanos no despertar das
 manadas
 Talvez me faça costado outra milonga ou gateado outra
 figueira,outra sombra
 Outra paixão delongas,outra carícia antiga,mimosa
 como a saudade
 Talvez nem seja preciso,usar o mesmo alarido do
 quero-quero teatino
 do boitatá de mangueira prá afugentar as ovelhas,
 arrebanhadas pro gasto
 Preciso acostumar meu dom a aperfeiçoar a voz
 fortalecer o rebanho
 Ah que tolice a minha fazendo a minha vidinha,
 ensimesmado de abraços
 preciso amamentar a sede dos guachos
 regar a sede dos pastos
 Dar pérola aos porcos,fazer tudo o que eu gosto
 prá dar porfia ao passo
compositores: Mauro Moraes
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