Tenho um cavalo pintado coiceiro e manoteador 
Quando eu saio aos domingos nesse pingo escarcedor 
Meu pla vira bandeira hasteada no corredor. 
Tranqueia atravessando como quem vai pra um bochincho 
Solta fumaça nas ventas crinudo e meio colincho 
Mais bonito meu parceiro do que um ovo de pelincho. 
Lembro o primeiro galope credo em cruz quase que morro 
Saiu destorcendo basto no meio de dez cachorros 
Juntei nos garfo e o maula roncava que era um bezouro. 
Não tenho querência certa sou irmão do canto do galo 
Moro em riba do meu basto no lombo do meu cavalo. 
Se vou nele noite a dentro uma oração anda no ar 
Bombeando para o infinito dá vontade de rezar 
Sentindo o cheiro da terra e ouvindo o vento chorar. 
Cruzo aos trancos pelos ranchos com o sol apontando a quincha 
Um galo canta no oitão alguém espia na frincha 
Eu abro o peito na estrada e o meu cavalo relincha. 
Quando este cavalo relincha que coisa linda parceiro 
Numa simbiose terrunha me vejo outra vez guerreiro 
De lança em punho e clima ao vento atrás de um clarim campeiro. 
Não tenho querência certa sou irmão do canto do galo 
Moro em riba do meu basto no lombo do meu cavalo. 
compositores: Walther Morais,João Sampaio,Fábio Duzac
Você é fã de Walther Morais? Gosta da letra da música?
Compartilhe com seus amigos.