Fiz uma casinha branca lá no pé da serra pra nós dois morá
 
Fica perto da barranca, do rio Paraná
 
O lugar é uma beleza eu tenho certeza você vai gostar
 
Fiz uma capela, bem do lado da janela prá nós dois rezá
 
Quando for dia de festa você veste o seu vestido de algodão
 
Quebro o meu chapéu na testa, para arrematar as coisas do leilão
 
Satisfeito vou levar você de braço dado atrás da procissão
 
Vou com meu terno riscado, uma flor do lado e meu chapéu na mão
Enquanto esse velho trem
 
Atravessa o Pantanal
 
As estrelas do cruzeiro
 
Fazem um sinal
 
De que esse é o melhor caminho
 
Pra quem é como eu
 
Mais um fugitivo da guerra
Enquanto esse velho trem
 
Atravessa o Pantanal
 
O povo lá em casa
 
Espera que eu mande um postal
 
Dizendo que estou muito bem e vivo
 
Rumo a Santa Cruz de la Sierra
Lá vai a chalana
 
Bem longe se vai
 
Riscando o remanso
 
Do Rio Paraguai
 
Oh! Chalana sem querer
 
Tu aumentas minha dor
 
Nessas águas tão serenas
 
Vai levando o meu amor
 
E assim ela se foi
 
Nem de mim se despediu
 
A chalana ai sumindo
 
Lá na curva do rio
 
E se ela vai magoada
 
Eu bem sei tem razão
 
Fui ingrato, eu feri
 
O seu pobre coração
Lembrança
 
Por que não foges de mim
 
Ajude a arrancar do peito
 
Essa dor
 
Afaste do meu pensamento
 
E o seu
 
Por que vamos reviver
 
Este amor?
 
Amando nós parecemos iguais
 
Eu tenho o meu lar
 
E ela também
 
É triste ser prisioneiro
 
E sofrer
 
Sabendo que a liberdade
 
Não vem
 
Vai lembrança, não volte mais
 
Pra acalmar os meus ais
 
Neste dilema de dor
 
Vai, para bem longe de mim
 
Não posso viver assim
 
Devo esquecer esse amor
compositores: ELPIDIO DOS SANTOS
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