Sigo desviando a muvuca com facão no pescoço 
um oitão na minha nuca e já passou do almoço 
um baú na garupa vou de moto a milhão 
se não é a entrega que carrego comigo caduca
A busca por dinheiro sufoca machuca 
no corredor quase bati a motoca na fuca 
mais tô ligeiro no piloto eu não durmo de toca
toma cuidado sai de frente que a sinha tá loca
Reflexo apurado cachorro maluco 
fumaça vivi até no forro do meu gogojarro ´
peço passagem por dentro atento as ruas do centro 
um escapamento eu tudo faz eco 
A malandragem a pico retrovisor escutuco
uma busina eu abro espaço no horário de pico 
conheço todos os trajetos dessa capital 
morrer já é parte do meu ritual
Filho do extres paulistano dessa cidade maluca 
mais eu já sou veterano conheço as arapucas 
que esse gigante preparou pra nos capiturar
tem que ser profissão perigo para se salvar (bis)
vem comigo que eu vou lhe mostrar 
Eu vejo uma ambulância com um sinal de emergência 
pede passagem a distância, pede com muita urgência 
a intolerância e demência e o ar é só toxina 
e a violência domina a rotina
Passei por uma carreta, segui a pista direta
madame que não deu seta, quase parei na sarjeta 
logo vejo um chevette vindo na minha bota 
e um caguete com alfinete predendo a calota 
Eu tive que dar uma fuga pra não arrumar briga 
com motorista tartaruga evito a fadiga 
na vinte e três de maio o trânsito engarrafou 
mais como eu sou um veterano sei pra onde vou 
Cai numa ruazinha bem no metrô paraíso 
o meu bote fou ligeiro, certeiro e preciso 
eu conheço os trajetos dessa capital 
são e salvo eu chego no final 
Filho do extres paulistano dessa cidade maluca 
mais eu já sou veterano conheço as arapucas 
que esse gigante preparou pra nos capiturar
tem que ser profissão perigo para se salvar (bis)
vem comigo que eu vou lhe mostrar 
compositores: Rodrigo Ogi
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