Entrevista com Hyperceptiohm

16 de abril de 2009, 15h48, por Da redação, por Tatiana Pires

Dj Poty e Dj Peri Valêncio = Hyperceptiohm. A parceira de dois irmãos resultou no Projeto Hyperceptiohm. Os produtores musicais e Djs rio-pretenses desde 2001, dirigem um dos mais consagrados projetos de música eletrônica do Brasil. Já se apresentaram em mais de 14 festivais ao lado dos nomes mais consagrados da cena eletrônica.

Com lançamento de mais de 20 músicas por gravadoras da Europa, Israel e Brasil o projeto já passou pelas principais capitais brasileiras. O ano de 2008 marcou a entrada do Hyperceptiohm no mercado norte-americano com duas tracks (músicas) do projeto, feitas em parceria com o compositor CelldWeller.

O Kboing entrevistou as estrelas que se apresentarão na 16ª edição da Alien Trip. A dupla que forma o Hyperceptiohm conta como a música eletrônica entrou em suas vidas e a visão que eles têm sobre as mudanças ocorridas com o ritmo nos últimos anos.

Confira a entrevista na íntegra:

Kboing – Qual o estilo de música eletrônica que você toca?
Hyperceptiohm –
A música eletrônica tem conquistado novos horizontes e novos públicos nos últimos anos. Hoje podemos dizer que não tocamos mais um estilo, estamos mais livres, mas para fechar em alguns acho que no momento temos tocado bastante Trance e Tech Minimal.
 
Kboing – Como você vê a trajetória da música eletrônica?
Hyperceptiohm –
De uma forma bem ampla acompanhamos os últimos sete anos do cenário eletrônico no Brasil. É impressionante o espaço conquistado pela música eletrônica, desde as pistas do país todo é claro até os comerciais de tv. Somos parte do futuro, da evolução da própria música, e nada melhor do que ela estar voltada às pistas e ao público, tornando-se a trilha sonora de momentos inesquecíveis.
 
Kboing – Qual foi à noite mais lotada de apresentações de sua vida? E a mais memorável?
Hyperceptiohm –
Já tocamos para cinco, dez, quinze mil pessoas, mas acho que o evento João Rock Milenium, em Ribeirão Preto, foi o mais impressionante, pois, diante de 20 mil pessoas, logo após o Live D-nox e Beckers, inauguramos nosso Live Velvet.
Uma soma de emoções - estar debutando o live, logo após os caras que estavam no topo, 20 mil pessoas e entregando a pista após a apresentação para um amigo não menos top Avi, mais conhecido como Astrix.
Acredito que a mais memorável foi quando voltamos à segunda Trancendence não mais como público como havia sido na primeira edição, estávamos voltando aonde tudo começou, aonde conhecemos o trance e o cenário ainda por fora e depois de um ano já voltamos tocando no evento. Memorável também são as Alien Trips, é muito emocionante ver todos os amigos e amigas curtindo nosso trabalho, é uma troca de coração mesmo.
 
Kboing – Você tem alguma forte influência ou admiração por algum nome da música eletrônica?
Hyperceptiohm –
Tenho ouvido muito outras linhagens não tão pop da música eletrônica, boas influências como BT, Popov, Ott e recentemente adorei o The Doors RMX by Infected Mushroom - acho que perceberam o ecletismo sim, vai de New Order até GMS.
 
Kboing – Você pode nos adiantar alguma coisa sobre sua apresentação na Alien?
Hyperceptiohm –
Será algo para marcar as mudanças ocorridas dentro do gênero trance. Com certeza um marco na evolução do gênero e uma emocionante aventura para o público que verá 5 trabalhos inéditos em nosso novo live.
 
Kboing – De onde veio o nome artístico "Hyperceptiohm”?
Hyperceptiohm –
Precisávamos de algo diferente, que refletisse nossa música totalmente nova, então acabamos unindo as palavras hyper - que designa a velocidade de nossa música - percept - de percepção, que é muito estimulada pela technologia musical - e o - ohm - que vem da medida física “ohms” relacionada ao som. Por fim, HYPERCEPTIOHM - traduz nossa intenção com a música.