Por entre avenca, feto e taquara poca
 
No seio-limo da mata ciliar
 
Corre arregalada a matéria-prima essencial
 
O vero olho da terra é o cristal d'água
 
E não há no reino mineral
 
Nenhum poder de pedra que estanque
 
O jorro das gotinhas
 
Rasgando as entranhas da terra
 
Sedentas por ver o sol
 
Sedentas por ver o sol
 
Sedentas por ver o sol
 
Secas por vê-lo
 
Dourar o vale e a serra
 
Pupila, íris, pálpebra, retina
 
Ah! se esse olho d'água filtrasse
 
A sentina do mundo e da minha alma
 
E o nojo e a lama lavasse
 
E o eco pagão aos meus ouvidos recordasse
 
Que o olho por onde eu vejo Deus
 
É o mesmo olho por onde Ele me vê
compositores: Waly Salomão,Caetano Veloso
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