Andei depressa para não rever meus passos 
Por uma noite tão fulgás que eu nem senti 
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora 
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi
Se eu soubesse que o amor é coisa aguda 
Que tão brutal percorre início, meio e fim 
Destrincha a alma, corta fundo na espinha 
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir
Enquanto andava, maldizendo a poesia 
Eu contei a história minha pr´uma noite que rompeu 
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia 
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu
E nessa Saga venho com pedras e brasa 
Venho com força, mas sem nunca me esquecer 
Que era fácil se perder por entre sonhos 
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
E era de gozo, uma mentira, uma bobagem 
Senti meu peito, atingido, se inflamar 
E fui gostando do sabor daquela coisa 
Viciando em cada verso que o amor veio trovar
Mas, de repente, uma farpa meio intrusa 
Veio cegar minha emoção de suspirar 
Se eu soubesse que o amor é coisa assim 
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar
E agora andando, encharcado de estrelas 
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar 
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito 
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar
E nessa Saga venho com pedras e brasa 
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer 
Que era fácil se perder por entre sonhos 
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
compositores: Filipe Catto
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