Cantareira, é o ar puro da Cantareira
Onde, onde a sua mente está agora?
Seis face no polígono, brilha, cristal num bangalô, foco
Miro no lóbulo, mascavo igual dângelo
Click, Swing bugaloo, design franco-húngaro
Sniffex búlgaro, fígaro? Fiz com o fígado
Raiva num cubículo, vácuo, quem dera Mykonos
Tungstênio gira, escalando tipo lúpulo
Digno, a boca um túmulo, no júbilo do século
Título do capítulo, chute, Pelé no ângulo
Pra alguns, oráculo, doido, outros ridículo
Minas e o triângulo, Bic com B maiúsculo
O cofre da Losango pus, pertencente ao círculo
Bola ao centro do retângulo, outra chance pro discípulo
Olha meu currículo, bico, não cabe rótulo, saca?
Rapper, vírgula, tenta o cúmulo do cúmulo
Amplexos e ósculos, complexo espetáculo
Conhece? Equiângulo? Agora refaz o cálculo
Pó de diamante, flâmula, reluzente, vamo lá
No octógono, a honra é o obstáculo
Esferográficas no palco do que vive tipo um glóbulo
Guarda a vida pick óvulo, tem que refazer o módulo
Os moleque quer estímulo, lembra quem nasceu no estábulo?
Rap é tentáculo, no fim, só um veículo
Deus me fez telúrico, parça, denso e lúdico, cata
Louco e lúcido, trava igual mal subito
Emana dos folículo, aponia de Epícuro
Incensos de sândalo, chapa, sou Michelângelo
Tendeu, isso é o pináculo, hã, pega o binóculo
Lua no semi-círculo, eu e a rua no vínculo
Profundo tubérculo, passeio como um pêndulo
Morcego no crepúsculo, essa aqui vai no ventrículo
Calçadas em uníssono, o rap tá monótono
Sem foto, djow, que isso é pra quem nota o flow
Humilde como um átomo, eu falei sem foto, djow
Grave igual barítono, junto ao povo tipo pífano
Coroado, saca? Stefano, mãos ao alto como um Y
São Paulo, Brasil
Simples assim
Simples assim
Simples assim
Simples assim
Por um gosto, por um gosto
Por um gosto pessoal
Por um gosto, por um gosto pessoal
compositores: Emicida