Segundo pesquisadores, a quinta maior causa de mortes de mulheres em todo o mundo é causada por doenças transmitidas pela água poluída, sendo mais perigosas que o câncer de mama, a diabetes e a Aids.
Dados da organização desenvolvimentista "WaterAid", baseados em análises do "Instituto de Métricas da Saúde", nos EUA, informam que quase 800 mil mulheres morrem todos os anos devido à falta de água limpa e banheiros seguros.
"Esta situação completamente inaceitável, afeta a educação, a saúde, a dignidade de mulheres e meninas e, em última instância, resulta em mortes precoces e desnecessárias", disse Barbara Frost, diretora-executiva da organização.
Conforme o relatório, essas condições inaceitáveis vêm superando as doenças mais mortíferas para as mulheres, que são: doenças cardíacas, derrames, infecções das vias respiratórias inferiores e doenças pulmonares obstrutivas crônicas.
Ainda de acordo com a "WaterAid", uma em cada três mulheres no mundo todo não têm acesso a um banheiro seguro e particular; e uma em cada dez, não contam com água limpa.
Podemos considerar que há uma negativa de 'direito humano', pois embora mais de dois bilhões de pessoas passaram a ter acesso à água limpa entre 1990 e 2012, cerca de 750 milhões continuam sem acesso ao que a ONU reconhece ser um direito.
A água poluída ainda desencadeia outra série de problemas, como a violência sexual, e a mortalidade materna e infantil, já que muitas mulheres dão à luz na própria casa, que não conta com água limpa. Desse modo, tanto a mãe quanto o bebê são expostos à infecções e complicações durante o parto.
Quanto à violência sexual, isso acontece porque sem toaletes seguros e limpos, as mulheres e meninas acabam optando por fazer suas necessidades fisiológicas (muitas vezes à noite) ao ar livre, arriscando sofrer um abuso e assédio sexual.
Em países mais pobres essa responsabilidade de conseguir água limpa fica a cargo das mulheres. Por conta disso, muitas delas ficam sem acesso às escolas, já que passa o dia todo indo e voltando de poços.
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