ENTREVISTA: início da carreira, disco e DVD novo do Limonge

02 de setembro de 2019, 11h30, por Amanda Ramalho
Divulgação

Nesta semana o Kboing bateu um papo com o paulista e multi-instrumentista Limonge!

Em 2016, quando lançou seu primeiro disco "É a Nossa Voz (Éramos Nós, Sempre Seremos)", de forma despretensiosa, Limonge colocou em um projeto singles que havia escrito para se libertar de alguns sentimentos.

Mesmo trancado em seu quarto, produzindo canções que retratavam a vida de muitas pessoas, o cantor percebeu que muitos se identificavam com as suas aflições e decidiu abrir as portas para o novo.

Acompanhe logo abaixo a nossa conversa e conheça um pouco mais dos projetos do músico.

KBOING: No início de agosto você gravou o primeiro DVD, "Sobre Viver". Nos fale um pouco sobre a produção deste projeto, o conceito, escolha do repertório, composições etc.
LIMONGE:
O projeto, partindo do princípio do nome, ele conta a história das nossas vidas, da minha vida até aqui. "Sobre Viver" é o nome de uma música que lancei há algum tempo, no meu primeiro álbum. Ela nunca foi single, mas eu enxergava, e muita gente me diz, que ela servia quase como um mantra. Teve até uma pessoa que escreveu a letra dessa música na porta do quarto dela, pra sempre que acordar ela ler e sair pra encarar o dia de forma mais leve, tendo uma premissa pra seguir.

O próprio nome do DVD já dá o tom, do que eu quis colocar: que são histórias de vidas. Sejam minhas, sejam de outras pessoas ou histórias minhas que podem refletir na história de outras pessoas. Todas as músicas foram pensadas com esse intuito, seguindo uma ordem não cronológica, mas de histórias que se complementam passando por temas como nostalgias, depressão, superação e os fãs mesmo que escolheram os setlists.

Então o meu único trabalho foi montar uma ordem em que as músicas fizessem sentido como um todo. Mas a escolha foi deles e eu fiquei muito feliz com o resultado.

KBOING: O projeto contou com diversas participações especiais. Como rolou o convite e qual o papel de cada um nas canções?
LIMONGE:
O convite foi na caruda! (risos) Vou ser bem sincero! São pessoas que algumas eu já tinha contato próximo outras nem tanto, mas eu apresentei o projeto, expliquei sobre a história, sobre o intuito e todo mundo que foi convidado, topou, adorou. Eu acho que todas as participações agregaram, e muito, seja no âmbito musical ou no âmbito da experiência. Eu sempre sou a favor de trocar experiências em palco, porque isso só agrega e cada um traz a sua verdade pra letra, pra interpretação. Isso foi extremamente benéfico.

Eu sai da gravação do DVD extremamente satisfeito, nos ensaios eu já estava muito feliz de ver como as músicas estavam ganhando uma nova roupagem, uma nova interpretação. Tendo as experiências dessas pessoas que participaram no dia como base. Eu queria muito levar elas pela turnê, mas não sei se é viável, porque eu queria que todo mundo tivesse essa experiência. Mas resumindo foi um ganho imenso, acho que sem elas não teria um resultado tão bom. Nem de longe!

KBOING: Seu primeiro disco, "É a Nossa Voz (Éramos Nós, Sempre Seremos)", foi gravado em 2016 e todo produzido por você. Já "Nem Todos São Como Astronautas" (2017) você contou com diversas colaborações. Quais as diferenças entre os dois projetos e qual motivo levou a fazer algo totalmente diferente?
LIMONGE:
Eu sempre sou a favor do artista propor coisas novas e tentar coisas novas. O meu primeiro álbum foi uma tentativa de fazer música. Na época eu não encarava isso como profissional. Eu simplesmente sentava no meu quarto e compunha, ia produzindo e guardava pra mim algumas músicas. A medida que fui lançando algumas eu sentia uma aceitação legal e resolvi consolidar algumas que eu tinha feito em um álbum, que foi muito bem aceito, por muita gente, me deixou muito feliz. Só que assim, um artista solo, preso num quarto, com uma única verdade, não consegue trazer à tona o tanto de sentimento que eu carrego dentro de mim. E eu precisava de outras pessoas pra agregar.

Então, o segundo o álbum foi essa miscelânea de pessoas participando, pra extrair o melhor dessa verdade. A minha ideia como artista, a princípio, era só lançar esse álbum primeiro, sentar na cadeira, depois falar: "beleza, eu tentei minha história na música. Tá ai, eu lancei e tá tudo bem".

Só que teve tanta gente pedindo mais, que nasceu um financiamento coletivo para fazer o segundo álbum e eu falei: "putz, eu tenho que entregar algo com um resultado muito melhor do que foi o primeiro". Ai eu resolvi trazer mais gente pro barco e foi uma experiência enorme, uma experiência incrível.

O DVD meio que fecha esse ciclo, contando toda essa história e pós DVD quero continuar essa história de forma mais ampla. É um novo ciclo que encerra essa história pra começar uma nova.

KBOING: Quais os projetos para os próximos meses.
LIMONGE:
Tem uma tour, o lançamento do DVD para o final de setembro, espero que a tour ganhe outras datas. Quero ir para outros estados também e para o próximo ano eu pretendo lançar novos singles, novas músicas e espero um novo álbum que consolide tudo isso. Maior e melhor. Minha ideia é sempre evoluir. Então espero muito que seja o começo de um novo ciclo muito melhor do que esse

KBOING: Deixe um recado para a galera que curte o seu trabalho.
LIMONGE:
Queria agradecer imensamente todo mundo que me acompanha, dá força de alguma forma, que entende o que eu quero passar. Tenho o costume de falar a gente, porque eu não me considero um só, sem as pessoas que me apoiam eu não estaria aqui hoje. Muito disso é graças a vocês. Vocês tem minha imensa gratidão por tudo isso que tá acontecendo.

Só queria de agradecer de coração, pois foram vocês que me colocaram aqui hoje. E eu espero que consiga entregar mais músicas que vocês se identifiquem ao longo desses próximos períodos e que esse seja só o começo de uma história que a gente possa viver juntos. Amo vocês.

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