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Os Cinco Bailes da história do Rio / Aquarela Brasileira

Neguinho Da Beija Flor

Carnaval, doce ilusão
Dê-me um pouco de magia
De perfume e fantasia
E também de sedução
Quero sentir nas asas do infinito
Minha imaginação
Eu e meu amigo Orfeu
Sedentos de orgia e desvario
Cantaremos em sonho
Cinco bailes da história do Rio

Quando a cidade completava
Vinte anos de existência
Nosso povo dançou
Em seguida era promovida a capital
A corte festejou

Iluminado estava o salão
Na noite da coroação
Ali no esplendor da alegria
A burguesia fez a sua aclamação
Vibrando de emoção
O luxo, e a riqueza
Imperou com imponência
A beleza fez presença
Condecorando a independência

Ao erguer a minha taça com euforia
Brindei aquela linda valsa
Já no amanhecer do dia
A suntuosidade me acenava
E alegremente sorria
Algo acontecia
Era o fim da monarquia
Algo acontecia
Era o fim da monarquia

Vejam essa maravilha de cenário:
É um episódio relicário,
Que o artista, num sonho genial
Escolheu para esse carnaval
E o asfalto como passarela
Será a tela do Brasil em forma de aquarela

Caminhando pelas cercanias do Amazonas
Conheci vastos seringais
No Pará, a ilha de Marajó
E a velha cabana do Timbó

Caminhando ainda um pouco mais
Deparei com lindos coqueirais
Estava no Ceará, terra de Irapuã,
De Iracema e Tupã

E fiquei radiante de alegria
Quando cheguei na Bahia
Bahia de Castro Alves, do acarajé,
Das noites de magia do Candomblé
Depois de atravessar as matas do Ipu
Assisti em Pernambuco
A festa do frevo e do maracatu

Brasília tem o seu destaque
Na arte, na beleza, e arquitetura
Feitiço de garoa pela serra
São Paulo engrandece a nossa terra

Do leste, por todo Centro-Oeste,
Tudo é belo e tem lindo matiz
E o Rio dos sambas e batucadas,
Dos malandros e mulatas
De requebros febris

Brasil, essas nossas verdes matas,
Cachoeiras e cascatas de colorido sutil
E este lindo céu azul de anil
Emoldura em aquarela o meu Brasil