Mesmo depois de todos me darem as costas
Mesmo perdendo todas as apostas
Você permaneceu...
Mesmo equilibrando em cima do muro
E me escondendo em óculos escuros
O seu olhar não escureceu...
Mesmo quando falaram mal de você
Eu não fiz nada pra te defender
Você compreendeu...
E eu, me machuquei menosprezando a vida
Você curou, fechou minhas feridas
E nunca me cobrou...
Amigo, amigo, amigo...
Quando veio a loucura foi-se a identidade
E só você teve a dignidade
De dizer o que me tornei...
Um bufão, alimentando o riso
Com as próprias migalhas
Um folião brincando sem mortalhas
Pensando que é rei...
Mesmo quando iludido vivi de aparência
Você não se esqueceu da minha essência
E não me condenou...
Bati, em muitas portas que estavam trancadas
Você foi a janela escancarada
Que me libertou...
Obrigado amigo,
Tudo o que você fez por mim valeu
Obrigado amigo,
Pra mim você é, um presente de Deus...
Mesmo, sujeito a raios e tempestades
Você é o bom tempo que invade
O espaço áereo do meu país...
Que se isola,
Reconstruindo as muralhas da China
Recheando os solos com minas
E eu não sou ditador por um triz...
Governando a própria vida com punhos de ferros
Pedindo socorro num berro que jamais ecoou
Agora eu te agradeço tão humildemente
Por você ter sido tão presente
Juntando, os pedaços que de mim sobrou...
Obrigado amigo,
Tudo o que você fez por mim valeu
Obrigado amigo,
Pra mim você é, um presente de Deus...