As nova corre pra porta
 
E as veia bate as janela
 
Quando eu cruzo na cancela
 
Disposto a me incomodar
Não sou muito de adular
 
Quem desfaz dos meus arreio
 
Saco, na trança do reio
 
E no grito de ui pá pá pá pá
Se abre as tampas pra fora
 
E atiro o caixão pra trás
 
É que sei como se faz
 
Embora não dê-lhes grito
 
Mesmo assim não facilito
 
Se o destino me provoca
 
Que até o demônio se entoca
 
Quando largo a pau e grito
E se o beiçudo se volta
 
Com ganas de me apertar
 
Não sou de me apavorar
 
Nem ando esquentando banco
 
Cruzo a perna e saio voltando
 
No grito de ui pá pá pá
Depois de me enforquilhar
 
Mando dá um tapa na cara
 
Se o velhaqueiro dispara
 
Muda o jeito de apanhar
 
Eu tenho sangue de ajá
 
Pulsando dentro das veias
 
E um pala franja vermelha
 
Pra fazer cha-rá-chá-chá
O dia separa a noite
 
E a sanga bota pra fora
 
Canta roseta na espora
 
Num sarandeio bonito
 
Vamo evitando conflito
 
Mas sempre impondo respeito
 
E o que é torto eu endireito
 
Quando largo a pau e grito
  
 
TRADUZA PARA OUTRO IDIOMA