Entrevista: Chimarruts

06 de julho de 2009, 14h06, por Da redação, por Tatiana Pires

Na estrada há 9 anos, a banda de reggae do Rio Grande do Sul, Chimarruts dá início a produção de um novo disco. Em entrevista por telefone o vocalista Rafa Machado afirmou que o trabalho está em fase de pré-produção. “Até o final deste ano estaremos divulgando o último disco, e a programação é que até março de 2010 lançaremos um novo álbum”, prometeu.

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Confira letras de Chimarruts

Além de Rafa Machado, a banda conta com mais sete integrantes: Nê (voz flauta quena e harmônica), Tati Portela (vocais), Diego Dutra (bateria), Vinícius Marques (percussão), Emerson Alemão (baixo), Sander Fróis (guitarra), Rodrigo Maciel (guitarra) e conta ainda com os músicos de apoio: Tuzinho (trompete), Boquinha (trombone) e Luquinha (teclados).

Conheça um pouco sobre a história dessa turma que se reunia por diversão e amor ao reggae e ao chimarrão e sem pretensão formou uma das bandas de maiores destaques no cenário reggae nacional.

Kboing – Vocês gravaram o CD e DVD ao vivo em 2007. E agora já estão pensando na produção do próximo trabalho?
Rafa –
Estamos bem no início para fazermos um novo disco. É mesmo a fase de pré-produção, tirando som no violão, primeiro o ritmo para posteriormente colocarmos as letras, começaremos a compor de fato daqui um tempo. Até o final deste ano estaremos divulgando o último disco, e a programação é que até março de 2010 lançaremos um novo álbum.

Kboing – Como foi o início da carreira da banda?
Rafa –
A banda começou em 2000, em Porto alegre, quando um grupo de amigos se reunia em parques, bares, para tocar e tomar chimarrão. Tudo começou mesmo como uma forma de descontração entre um grupo de amigos e seis meses depois dessas reuniões, gravamos o primeiro CD demo, que começou a tocar numa rádio da região metropolitana de Porto Alegre. Em 2002, já lançamos o primeiro disco que projetou a banda para nosso estado e depois para outras regiões do país.

Kboing – Chimarruts tem a origem de quando vocês se encontravam para tocar música e tomar chimarrão? Conte pra gente essa história do nome da banda.
Rafa –
Vem de chimarrão mesmo, o termo ‘rruts’ é uma alusão ao reggae, mas está em segundo plano. Foi a junção do nosso hábito de tomar chimarrão, inclusive estamos conversando e tomando um chimarrão agora mesmo. È tão comum aqui no sul que passa de geração para geração e faz parte da nossa cultura que atrelamos ao nome da banda.

Kboing – Já são 9 anos de estrada, houve alguma mudança no estilo musical de vocês do início para hoje?
Rafa –
Sim, com certeza. Sempre buscamos mudanças para o aperfeiçoamento do nosso trabalho, procuramos fazer o melhor em cada um dos discos lançados e isso atrela coisas novas sempre.

Kboing – Quais são estilos musicais que influenciam a banda?
Rafa –
São todos os tipos de reggae, reggae........., reggae......, reggae....... Destacamos a banda Djamdi, do Paraná, ouvimos muita música da nossa região, além de MPB, os grandes compositores de Pernambuco, assim como Zeca Baleiro, Chico César...

Kboing – Com oito integrantes, como o é feita a escolha do repertório para os shows, a composição das músicas? Vocês têm algum critério? Tem alguém que dá o apito final?
Rafa –
A união é um fator que acompanha o grupo, fazemos praticamente tudo junto, as composições são feitas em parceria uns com os outros. Procuramos executar tudo na produção do nosso trabalho, porque senão seria muito chato se um só determinasse e ponto final. No Chimarruts todo mundo tem vez na hora de produzir.

Kboing – Qual a visão que a banda tem do cenário atual do reggae brasileiro?
Rafa –
As bandas de reggae conseguiram furar um bloqueio, um certo receio por parte das rádios e dos contratantes de show em relação ao reggae, mas notamos que o estilo junto ao grande público não tem muito espaço, a galera que gosta de reggae é que faz o mercado, comparecendo aos shows, comprando os discos e curtindo o som.

Kboing – Deixe um recado mensagem para todos os fãs do Chimarruts?
Rafa –
Gostaria de deixar um abraço de todos do Chimarruts para aqueles que gostam do nosso som. Muita paz aí para a galera.