Elton John dedica show a jovem torturado e morto por ser gay

09 de dezembro de 2013, 16h19, por Amanda Ramalho
Divulgação

Atualmente diversos artistas têm demonstrado apoio às causas homofóbicas. Lady Gaga, Madonna, Elton John, entre outros, têm encabeçado várias discussões sobre o tema que parece a cada dia se torna pior.

Na última sexta-feira, 6, foi Elton John quem se manifestou durante um show em Moscou, na Rússia, após saber que um jovem, de 23 anos, foi vítima de homofobia, torturado e assassinado.
Segundo a BBC, o músico interrompeu a apresentação para dizer que se sentiu triste da nova lei do país que bane todo tipo de "propaganda homossexual". "Na minha opinião, é desumano e isolador", afirmou John.

Depois que Vladimir Putin assinou a lei em junho, John foi um dos primeiros artistas a fazer shows na Rússia e, claro, gerou muitos protestos de ativistas anti-gay.

De acordo com o jornal "The Guardian", o grupo Comitê dos Pais de Ural escreveu uma carta para Putin pedindo que ele proibisse John de se apresentar no país. A União das Irmandades Ortodoxas circulou uma petição com uma exigência parecida. "As declarações desse cara gay – Elton John – a respeito do apoio dele aos gays e a outros pervertidos nos shows... são um insulto para todos os cidadãos russos. Também é algo que tira sarro da nossa lei, recentemente inaugurada, que proíbe a propagação de ideias gays",disse o líder da União, Yuri Ageshchev.

Em entrevista ao programa de rádio "Fresh Air", John disse que manteve sua agenda para não deixar seus fãs na mão. "Existem muitas pessoas ótimas na Rússia, elas também estão revoltadas com o que está acontecendo, não quero abandoná-las. Agora, provavelmente serei criticado por ir, e eu entendo isso. É somente que eu, como um homem gay e um músico gay, não consigo ficar em casa e não apoiar essas pessoas que foram tanto aos meus shows no passado".

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